No calor de tudo que em mim se dobra você encosta e se aconchega.
Se me movo me morde, me arranha, me lambe e me beija.
Em todos os cantos que eu sigo você me guarda, se trança em mim, como serpente enlaça a caça.
E quando a ti vou guardar se desvia e me surpreende com sua estranheza.
Você se oferece como quem quer carinho, mas quando me aproximo tu me arranca sangue como se fosse sua presa.
Do teu olhar fixo não sei se se vejo afago ou se só estuda o meu movimento para atacar como defesa.
Talvez a ti só assuste as almas que me frequentam de forma tão assim…corriqueira.
Deixe um comentário